Agressividade no autismo, TDAH e outros transtornos


Ainda sobre educação inclusiva, a pergunta que mais recebi nessa última semana foi sobre alunos especiais muito agressivos, que quebram tudo e batem em todos os seus colegas, sem qualquer autocontrole.

Alguns deles têm T.E.A. (Transtorno de espectro Autista), outros tem T.D.A.H (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), além de TDO (Transtorno Desafiador de Oposição) e TC (Transtorno de Conduta).

É verdade que, pela legislação atual, toda escola é obrigada a receber esses alunos, mesmo que as consequências de sua agressividade em relação aos colegas sejam muito ruins e, por vezes, até muito perigosas.

Agressões podem trazer consequências graves à saúde e à psique dos demais alunos da turma.

Ainda existe o problema de os pais dos colegas deles quererem processar a instituição, pelas agressões que seus filhos certamente sofrerão diariamente!

Então, o que podemos fazer? Rejeitar é ilegal!

O que tenho observado é que os colégios, quando não encontram uma desculpa para rejeitá-los, deixam esse aluno em sala apenas enquanto ele está tranquilo, mas, ao começar sua fase impulsiva e agressiva, o aluno é levado para alguma sala especial, para evitar problemas com colegas e professores.

Mas não tenho encontrado, nesses colégios, orientação adequada aos pais para que seus filhos deixem de ser agressivos. Na maioria das vezes até exigem que o menino esteja tomando alguma medicação para ficar “dopado”…

Ou seja: preocupação ZERO para com o aluno. O foco está apenas em não prejudicar os seus colegas de classe…

Enquanto isso não ocorre, o simples cumprimento da legislação significa que:

– a escola é apenas um depósito temporário, para manter os pais desses alunos, livres de seu filho durante o período das aulas;

– o aluno é um ser indomável que deve ser contido para evitar prejuízo físicos e psicológicos aos colegas e professores;

Temos que mudar essa realidade! Se não mudarmos a inclusão será, simplesmente, uma enganação!

Ponto básico:

Eliminar a agressividade descontrolada, para que ele possa se desenvolver intelectual e emocionalmente e que possa, também, se socializar.

Como fazer isso?

Identificar, primeiro, se a agressividade é inerente a problemas educacionais e influência familiar ou se está ligado a alguma síndrome ou algum transtorno.

Se o histórico familiar mostrar psicopatia nos pais, uso de drogas, maternidade adolescente, pais separados, ou qualquer tipo de educação equivocada, o caminho tem que ser iniciado com um processo de orientação parental.

Vários autores em psiquiatria infantil têm relatado casos de agressividade em alunos, em que é observada uma clara relação com todos esses problemas visto no histórico familiar.

Falta de imposição de limites ou falta de afeto familiar são dois elementos frequentes nos casos de agressividade descontrolada.

Mas, se o problema estiver vinculado a transtornos neuropsíquicos, como autismo, TDAH e outros, então há dois caminhos.

Um, o dos medicamentos controlados, cheio de efeitos colaterais e prejuízos à saúde da criança; e o outro, o tratamento pela nutrição.

Vamos ao dos medicamentos:

Não há, ainda, medicamento algum para reduzir sintomas de agressividade do autismo nem do TDAH. Mas os médicos, sob pressão dos pais, acabam prescrevendo medicamentos para reduzir agressividade em outras patologias, como o Haloperidol, Lítio, Carbamazepina, Clonidina e outros que, embora reduzam a agressividade, trazem efeitos colaterais inconvenientes e perigosos para o correto desenvolvimento da criança.

Esse caminho é um caminho quase sem volta, já que prejudica o desenvolvimento cerebral normal da criança.

Vamos, então, ao nutricional, que embora tenha resultados mais lentos e necessite de um acompanhamento rigoroso e dedicado, é o único que não traz efeitos colaterais.

A grande vantagem de se optar por esse caminho é que assim estaremos deixando o organismo da criança se consertar por si mesmo, gerando suas próprias substâncias e com muito mais assertividade que qualquer tratamento químico!

Antes de mais nada: Somos o que comemos e o que bebemos! Isso é fato!

Procure um médico que indique a realização de testes de ácidos orgânicos, para avaliar erros inatos no metabolismo e teste coprológico funcional com cultura para cândida. Isso ajudará a direcionar o processo nutricional adequado. Um teste de intolerância alimentar ajuda também.

Agora procure um nutricionista ou médico nutrólogo, para verificar o que deve ser eliminado da dieta diária da criança.

É comum termos que eliminar da dieta:

Glicose – Açúcar refinado e farinhas brancas – Glutamato monossódico – Aspartame – Corantes – Glúten – Soja – Caseína

Por que essa eliminação? O que cada elemento desses traz de negativo ao organismo da criança? A medicina psiquiátrica ortossistêmica mostra os efeitos negativos no consumo de todos esses elementos.

Glicose:

Ela ajuda o crescimento da Cândida Albicans. A Cândida é um fungo inimigo que produz várias toxinas. Uma delas, a Arabinose, bloqueia o ATP (Trifosfato de adenosina) que estaria sendo naturalmente gerado pelo organismo. Esse ATP bloqueado não produz mais o GABA (Ácido gama-aminobutírico) que, por sua vez, estaria servindo para melhorar a atenção da criança e reduzir sua impulsividade.

Com Cândida, então, não tem ATP. Sem ATP não tem GABA. Sem GABA a criança fica desatenta, impulsiva e agressiva!

Outras toxinas produzidas pela Cândida Albicans podem infectar o pâncreas, que acaba perdendo a sua capacidade enzimática de quebrar as proteínas do glúten, da caseína e da soja.

Essas proteínas, que deveriam estar sendo quebradas pela ação do pâncreas, acabam sendo absorvidas pelo organismo e, além de causar dependência na criança, vão provocar:

Excitação excessiva – distúrbios de aprendizagem – dificuldade de fala – agressividade – estereotipia – birras – e outros problemas.

Açúcar refinado e farinhas brancas:

Esses, quando consumidos em excesso, provocam o estresse oxidativo, que inflama e destrói células cerebrais responsáveis pela fabricação do GABA. Mais uma vez sem GABA a criança fica desatenta e impulsiva!

Glutamato monossódico (Ajinomoto) e Aspartame:

Estimula a impulsividade, inquietação e mal estar. Quanto ao glutamato monossódico, embora a FDA americana tenha divulgado inicialmente que ele não faz mal algum ao organismo, já voltou atrás, depois de constatados diversos casos patológicos ligados a tal consumo.

Corantes:

Além de serem altamente alergênicos, provocam a impulsividade. Um deles, o Tartrazina (corante amarelo), inibe a vitamina B6 (Piridoxina). Essa vitamina inibida é a que iria produzir a serotonina (neurotransmissor do bem-estar e da tranquilidade) e o GABA.

Mais uma vez sem GABA, o que significa mais impulsividade, mais desatenção e mais agressividade!

Então já sabemos que devemos tirar da dieta, mas sempre sob orientação médica ou nutricional, os seguintes elementos:

Glúten – Soja – Caseína – Glicose – Açúcar refinado – Farinhas brancas – Glutamato monossódico – Aspartame – Corantes.

Fazendo isso já estaremos iniciando o trabalho mais importante para o organismo, que é o equilíbrio da flora intestinal, mas ainda precisamos nos acostumar a dar muito probiótico, ou seja, muitos lactobacilos, para essas crianças!

E também evitar, a todo custo, os inimigos da flora intestinal, que são os antobióticos orais e os antiinflamatórios. Infelizmente a pediatria atual exagera nos antiobióticos e antiinflamatórios, deixando a criança com uma flora intestinal totalmente desprotegida.

Os antibióticos eliminam as bactérias benéficas ao organismo e o que sobra são aquelas que fazem muito mal, como o Clostridium Difficile, por exemplo, provocando o aumento dos sintomas autistas, o déficit de atenção, a hiperatividade e a agresssividade!

O tratamento nutricional deve ser todo acompanhado por um nutricionista, que vai analisar a inserção na dieta de alguns outros elementos, como:

Alho – óleo de orégano -óleo de cravo – óleo de melaleuca – echinácea e, em alguns casos, a glutamina.

A glutamina, que é usada como suplemento muscular para atletas, é fonte de energia para o intestino, diminuindo a incidência da Cândida e reduzindo o número e colônias infectadas.

Dá trabalho? Sim! Dá muito mais trabalho do que tomar medicamentos controlados. Mas é um tratamento sem efeitos colaterais e que só faz melhorar a saúde como um todo, incluindo a saúde psíquica, que é fundamental.

Peço a todos os médicos e nutricionistas que estejam realizando esse maravilhoso trabalho de tratamento pela nutrição, que entrem em contato com o IUPE, para que possamos encaminhar os pais dessas crianças, que tanto precisam desse acompanhamento.

Nosso e-mail: robertoandersen@gmail.com
Nosso whatsapp ou telegrama: (71) 9-9913-5956
Nosso blog: robertoandersen.blogspot.com
Nosso portal: http://www.iupe.org.br

Nossos três livros já publicados podem ser adquiridos clicando na foto que está no portal ou no blog.

Forte abraço
Até nosso próximo encontro

Referências importantes:
Dr Aderbal Sabrá da Cesgranrio – Pediatra – Nutrólogo – autor de “Manual da Alergia Alimentar”
Dr Juarez Callegaro – Psiquiatra Ortossistêmico – autor de “Mente Criativa – a aventura do cérebro bem nutrido”
Dr Helion Póvoa – “Nutrição cerebral”
Dra Jaqueline Araújo – nutricionista no Rio de Janeiro

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