Informativo IUPE 20 março 2020

AUTISMO, TDAH, TOD etc., e a cura pela edição genética

A cura do autismo pela edição genética pode não ser autorizada no ocidente

Como vocês já sabem, a edição genética, utilizando a tesoura molecular CRISPR-Cas9, é a “bola da vez” na ciência mundial.

Como grande parte das doenças são provenientes de uma mutação genética, ou um erro nas chaves liga-desliga das programações existentes no DNA, parte dos cientistas resolveu investir em técnicas para “consertar” tais defeitos nesses genes.

É como se a tesoura cortasse a fita do DNA, editasse a sequência incorreta, consertando-a, e depois re-inserindo essa parte da fita, de volta, no DNA.

Edição de genes não é coisa nova, embora só agora a ciência “tenha se tocado” com essa possibilidade realizada em laboratório.

Isso porque, desde 1940 que dois cientistas, pesquisando bactérias e vírus, fizeram o registro de observação de um vírus editando o DNA de uma bactéria.

Mas agora a ideia da edição viralizou, ou seja, tomou conta do mundo, ainda mais depois que o cientista chinês He Jian Kui editou dois gêmeos que nasceram imunes à AIDS!

Isso aconteceu logo depois que ele apresentou essa sua nova tesoura molecular e disse, em pleno congresso científico em Hong-Kong, que já haviam nascido os dois gêmeos editados por ele.

Depois disso, a ideia explodiu.

O erro, em Hong-Kong, acredito eu, foi a comunidade científica ter condenado a atitude de He Jian-Kui, em vez de exigir supervisão internacional em seu laboratório, para que as normas internacionais de experimentos com humanos fossem cumpridas.

Como não houve isso, a China o aprisionou, em plena universidade, ficando, agora, o único país do mundo a ter acesso a essa técnica.

A partir daí diversos cientistas começaram a contestar a eficácia da técnica de He Jian-Kui, ou de apresentar possíveis efeitos colaterais imprevisíveis.

Começaram, então, a ser realizados debates, no mundo todo, para mostrar ao público o que está ocorrendo e, por algum motivo, para criar um movimento contra essa nova ciência terapêutica.

Em relação ao AUTISMO e a todas as síndromes e transtornos originários de mutações genéticas, essa nova ciência será uma excelente oportunidade de se obter a cura definitiva.

Muitos pais de autistas têm procurado realizar o mapeamento genético do filho, para saber qual o gene defeituoso e, com essa identificação nas mãos, verificar se já foi encontrada a forma de reverter o erro.

Mas para isso precisávamos apenas esperar pela evolução das técnicas de edição.

Agora, no entanto, além de esperar, precisamos que tais técnicas sejam autorizadas, já que há movimentos científicos contrários a ela.

Em diversos debates realizados, em todo o mundo, são apresentados possíveis efeitos colaterais incontroláveis e perigosos, não só para a pessoa editada, mas em relação à mudança de características humanas em toda a sua descendência.

Pode parecer coisa de ficção científica, mas é pura realidade atual.

Hoje mesmo, em um debate pela em Doha, capital do Catar, três cientistas (Julian Savulescu, Jamie Metzl e Kate, cujo sobrenome não entendi), mostraram seus pontos de discordância.

Para o Dr Julian, a humanidade tem obrigação moral de dar todo apoio à edição genética, porque, só ela poderá salvar vidas que estão condenadas a vegetarem, sem sentido algum, devido a um gene que pode ser, simplesmente, editado.

Dr Jamie, embora sem condenar a edição genética, aponta para a necessidade de se criar meios de controle ético efetivo, para toda a pesquisa epigenética, para evitar que, em vez de consertar defeitos, estejam construindo super-homens e, portanto, modificando a própria natureza humana.

Para a Dra Kate, toda edição genética deve ser proibida e execrada, por constituir uma interferência científica na evolução natural do ser humano e, portanto, podendo eliminar características que ainda nos diferenciam das máquinas e inteligências artificiais.

O programa deu a oportunidade de o público dar sua opinião e, para meu espanto, a ideia mais votada foi a de Kate, desejando proibir todo e qualquer estudo sobre a edição genética.

Por enquanto o mundo ainda tem medo de alterações no ser humano, ainda mais alterações que possam mudar a sua natureza.

Logico que, para os pais dos autistas que estão contando com isso, essa tendência da opinião mundial acaba sendo como um balde de água fria, mas temos que ser bem realistas mesmo e analisar com muito cuidado tudo o que surge nos meios científicos mundiais.

Todos sabemos que a edição genética na soja, realizada com toda boa intenção, visando aumentar a produção mundial, tem apresentado problemas, alguns deles com efeitos colaterais sérios.

Hoje a soja é um dos elementos que devem ser eliminados da dieta do autista, pois traz aumento da permeabilidade do intestino e, consequentemente, provoca a inflamação cerebral.

Nesse ponto a soja só perde para o glúten, que é pior ainda!

Se a soja, com a edição (soja transgênica) perdeu sua natureza anterior em por isso, trouxe problemas de intolerâncias nos autistas e nos TDAHs, será que não haverá alteração também no ser humano?

Tem muita coisa a discutir ainda sobre isso.

Então, em vez de esperar pela edição genética, o que temos para nossos filhos autistas, ainda é a redução dos sintomas pelo seu equilíbrio orgânico-psíquico, que começa com a eliminação dos vermes e parasitas e, logo depois, a eliminação do glúten, soja, caseína, corantes, conservantes e açúcares de sua alimentação.

Edição genética fica para outra oportunidade. Quem sabe a evolução da epigenética nos mostra caminhos mais seguros mais tarde?

O AUTISTA e a avaliação escolar

AUTISMO: Um alerta urgente para suas famílias

Autismo e a Construção da Inteligência

 

Autistas e a Construção da Inteligência

Muitas pessoas podem perguntar a razão pela qual um estudo sobre inteligência e aprendizagem faz referência ao autista como ponto principal.

Mas isso será esclarecido aos poucos, quando analisarmos todo o processo dessa construção.

Na nossa conversa de hoje vamos ver a origem ocidental dos estudos sobre a cognição, que é a capacidade de aprender, e como surgem as memórias, que são os elementos básicos para que todo o processo de aprendizagem ocorra e, assim, possamos construir a inteligência e, como utilizar melhor, essas inteligências.

Sabemos que os conceitos dos povos orientais e os dos povos árabes foram os primeiros a serem desenvolvidos, mas os conceitos gregos acabam sendo a nossa referência, principalmente pela facilidade de acesso às suas obras.

Então vamos pular Sócrates e todos os pré-socráticos, indo direto a Platão.

Segundo ele, o ser humano é dotado de duas espécies de memória, a inata, herdada do mundo inteligível, recebida antes de nascer, e a construída, proveniente do mundo sensível, a partir do seu nascimento.

Aristóteles, depois dele, abandonou a ideia de memória inata, considerando, em seus escritos, que só existia a memória construída, com base apenas no mundo sensível.

Nesse ponto fazemos um paralelo com o que, nos dias de hoje, Richard Dawkins chamou de memória dos “memes”, que tem um pouco a ver com a ideia de Platão, mas que, em vez de ser recebida do mundo inteligível, seria herdada dos antepassados, como uma espécie de registro cultural passado de pai para filho, da mesma forma como são passadas as heranças genéticas.

Quem desejar se aprofundar nessa realidade dos memes, leia “O Gene Egoísta”, de Richard Dawkins.

Então, além dos genes, em nosso DNA, onde estão todas as memórias (ou programações) que determinam o desenvolvimento de nosso organismo, há também os memes, só não sabemos, ainda, onde se localizam, trazendo todas as memórias culturais da nossa linhagem antropológica.

Os autistas começam a entrar em nosso estudo aqui.

As diferenças entre os autistas e os neurotípicos estariam em algumas alterações nos genes.

Alguns chamam de mutações e outros insistem em detalhar que são diferentes chaveamentos das muitas programações existentes em cada um deles.

Essas diferenças acabam trazendo aos autistas algumas características que podem prejudicar todo o seu desenvolvimento, mas trazem outras que podem até trazer alguma capacidade de raciocínio muito superior a qualquer neurotípico.

Se ele vai ter sua vida prejudicada ou se vai poder usufruir disso, vai depender da forma como ele será tratado e acompanhado durante o seu desenvolvimento neurofisiológico.

Se for tratado exclusivamente com medicamentos psiquiátricos, ele terá seus sintomas “camuflados”, mas não vai ter condições de desenvolver corretamente suas redes neurais e, então, só sairá prejudicado.

Mas, para nosso estudo de hoje, o que precisamos saber é que, entre essas características diferenciadas dos autistas está a inexistência da fagocitose que, no caso dos neurotípicos, elimina cerca de 900 trilhões de sinapses, dos dois aos doze anos de idade, deixando os não autistas, ou seja, os ditos “normais”, com apenas 100 trilhões delas.

Os autistas continuam com quase todas elas, o que significa que, teoricamente, os ditos “normais” teriam apenas 10% da capacidade de pensamento dos autistas.

Esses detalhes constam das nossas conversas específicas sobre o autismo, em outras postagens. Quem quiser entrar nesses detalhes assistam aos nossos vídeos sobre os autistas.

Mas vamos ver como isso vai ser útil mais tarde.

Voltando aos memes, só sabemos que são memórias herdadas, o que me leva ao conhecimento que adquiri de um Xamã aborígene, na década de setenta, no deserto da Austrália, quando ele afirmava que nossa memória tem acesso a todo conhecimento do mundo, desde que tenha sido “pensado” com alguma intensidade.

No estudo de Dawkins esse conhecimento estaria nos memes.

Mas o que isso interessa a nós?

Interessa saber que todos nós, sejamos autistas ou neurotípicos, TDAHs ou não, deficientes ou não, temos essas memórias dentro de nós.

Isso significa que cada um de nós tem a capacidade, pelo menos em potencial, de juntar as informações percebidas (visão, audição, etc.), que são as do mundo sensível, arquivadas a partir da fecundação, com as do mundo inteligível (segundo Aristóteles) ou memético (segundo Dawkins) e, a partir daí, construir o nosso conhecimento e elaborar as nossas conclusões.

Desenvolver essa capacidade intelectual é uma necessidade evidente devido, principalmente, aos desafios globais que, a cada dia, se tornam mais complicados.

Mas é exatamente aí que entram os autistas.

Neles, essa capacidade de raciocínio pode ser bem superior à dos demais, aliás, dez vezes maior, se ela estiver relacionada ao número de redes neurais.

Isso significa que reduzir os sintomas autistas sem prejudicar seu cérebro, ou sejam sem os efeitos colaterais dos medicamentos, é a única forma de esse excesso de sinapses ser direcionada para o seu desenvolvimento cerebral pleno.

Assim sua potencialidade se transformará em capacidade adquirida e, com isso, sua inteligência dará um verdadeiro salto.

Eles terão maior capacidade que todos os demais, tanto para elaborar suas conclusões a partir das memórias sensíveis, como terão muito mais capacidade de comparar tais memórias com as inatas, venham elas do mundo inteligível ou dos memes.

Então aí está a razão de não podermos falar de desenvolver inteligência sem incluir os autistas, já que estaríamos eliminando exatamente quem mais poderá ajudar à sociedade na compreensão mais detalhada e mais precisa, de todos os grandes desafios que ainda estão por vir.

Precisamos, entretanto, evitar que esses autistas sejam alvo de exibicionismo, como uma atração circense, ou que tenham seus sintomas tratados como se fossem doentes mentais.

Por muito tempo se comentou sobre o aparecimento das crianças índigo e, depois, as crianças cristal. Eu acredito que, se tratarmos corretamente os seus sintomas, acharemos a Índigo e a Cristal nas nossas crianças azuis.

AUTISMO: Um alerta importante para pais e terapeutas

Precisamos tomar muito cuidado com o que ouvimos e lemos sobre o autismo, já que há profissionais trazendo informações que podem prejudicar, ainda mais, o desenvolvimento de nossos autistas.

Alguns se baseiam até em comprovações científicas já publicadas, mas também sabemos que, segundo Peter Goetzsche, em seu livro: “Medicamentos mortais e o crime organizado: Como a indústria farmacêutica corrompeu a assistência médica”, há comprovações científicas sérias e há comprovações científicas produzidas com uma determinada finalidade lucrativa.

Mas sou obrigado a dar esse alerta aos pais e aos terapeutas!

Quando se fala que autismo é genético isso não quer dizer que é hereditário. Alguns estudos mostram que apenas uma parte muito pequena do genoma humano é hereditário. Isso significa que os seus genes podem sofrer alterações por conta de influência do meio ambiente. E essas influências têm sido detectadas em diversos elementos e em diversas origens.

Quando os “experts” em ciência genética afirmam que as variações nos genes dos autistas não são mutações genéticas, mas sim combinações de uma espécie de chaveamento interno, que regulam as ações programadas em cada gene, eles estão entrando em detalhes técnicos que, mesmo precisos, não explicam as razões para que tais chaveamentos ocorram de forma irregular, e tragam as características que tanto os afastam da “normalidade”.

Na realidade o que mais interessa a quem quer salvar os autistas da exclusão social é, em primeiro lugar o encontro de sua cura. Sim, porque suas características, quando intensificadas, prejudicam todo o seu desenvolvimento e, principalmente, a sua autonomia e os pais desejam essa cura!

Falar de cura para profissionais que insistem em dizer que autismo não é doença, não é síndrome, não é transtorno, nem deficiência, mas sim uma forma diferente e natural de SER, significa que teremos que convencer os pais a abandonar todos os processos de redução de seus sintomas a aceitar que seus filhos são normais como estão, ou seja, terão que ser eternamente assim, alguns sem falar, outros sem raciocinar corretamente, outros sem socializar, porque isso é uma comprovação científica publicada as principais revistas científicas mundiais.

E, se os sintomas se agravarem, que devem ser medicados com os mesmos medicamentos dos doentes psiquiátricos, para pararem de agredir, conseguirem dormir, etc.

Para quem, como nós, acompanha há vinte e um anos, diversos alunos autistas incluídos em nossas turmas regulares, o que nos interessa é reduzir seus sintomas, para que tenham a mesma capacidade de desenvolvimento cognitivo e emocional que seus colegas e que consigam construir a sua autonomia e serem felizes sem dependerem de seus pais.

E para isso a redução dos sintomas não significa camuflá-los com drogas, mas sim melhorar a eficácia da microbiota intestinal, eliminar os parasitas do sistema digestório, complementar os níveis de vitaminas e, como não sabemos ainda como recuperar as paredes de seu intestino, que é permeável, devido a uma má formação decorrente dessa alteração nos genes, eliminar da sua dieta todos os alimentos cujas proteínas, se forem para a corrente sanguínea, provocarão a inflamação cerebral e aumentarão todos os sintomas.

A sorte das famílias dos autistas é que já há médicos bem preparados para esse entendimento, principalmente os nutrólogos, como Aderbal Sabrá, na CESGRANRIO, Consolação Oliveira, em Minas Gerais e, é claro, de um número cada vez maior de nutricionistas, a começar pela referência maior no Brasil, que é Cláudia Marcelino.

Só para concluir:

A ciência médica, biológica, genética, e todas as demais, estão ainda muito aquém do conhecimento que precisamos ter para o entendimento do ser humano.

Considero muito temeroso dizer que conhecemos o autismo. Precisamos do apoio de todas as ciências e de todos os práticos, em uma conversa transdisciplinar na qual todos possam contribuir com seus estudos, mas principalmente com suas experiências.

Autismo: de onde virá a cura?

Todo autista tem QI elevado?

Todo autista ASPERGER tem QI elevado?

Tenho recebido essa pergunta de muitos amigos seguidores, alguns deles pais de autistas considerados como Asperger, e que querem saber como fazer para aproveitar essa possível capacidade intelectual de seus filhos.

Vamos iniciar por alguns dos mais recentes trabalhos publicados nas revistas técnicas internacionais.

Uma das linhas de pesquisa mais promissoras e mais eficazes, de acordo com a nossa observação dos autistas matriculados em nosso colégio nos últimos vinte e um anos, é a que visa a redução dos sintomas pela eliminação das suas causas intermediárias

Essa linha de pesquisa tem encontrado ligações diretas entre os sintomas com:

Inflamação cerebral, provocada pelo envio ao cérebro de proteínas, pela corrente sanguínea, devido à permeabilidade das paredes do intestino.

Excesso de neurônios em algumas áreas cerebrais, amplificando exageradamente os sinais correspondentes aquele processador, seja o visual, o auditivo, o olfativo, o gustativo, o tátil ou outros que a ciência biológica não conhece ainda.

Essa linha mostra meios de reduzirmos todos os seus sintomas e, assim, o autista passa a ter condições de se desenvolver intelectualmente e alcançar a sua autonomia, da mesma forma que uma criança neurotípica.

Outra linha, infelizmente uma das mais frequentes, ignora as evidências dessa inflamação e desse excesso de neurônios, mesmo com todas as comprovações publicadas, e trata o autista como se seus sintomas não possam ser reduzidos e, portanto, devam ser camuflados pelas atuais drogas psiquiátricas.

Nessa linha estão cientistas famosos e importantíssimos que, em seus trabalhos, visam encontrar a cura definitiva da causa original do autismo que, segundo todos eles, parece estar nas dezenas de mutações em seus genes.

A maioria desses pesquisadores não tem interesse algum pela redução das causas intermediárias, já que quando eles encontrarem a cura da principal, não haverá mais autismo.

Um deles me confessou que o perigo das terapias que reduzem os sintomas e permitem o desenvolvimento integral do autista é o abandono do interesse pela cura definitiva.

Mas, mesmo os estudos dessa linha exclusivamente genética e psiquiátrica, acabam por trazer conclusões importantes, como por exemplo a que foi publicada no dia 20 de janeiro de 2020, pelo Jornal da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente.

Nesse estudo os pesquisadores procuram encontrar, nos altos índices de patologias das crianças autistas, uma relação com o sexo biológico e com o volume da amígdala cerebral.

Mesmo sabendo que esse alto índice de patologias pode estar sendo confundido com os mesmos sintomas, mas provenientes da inflamação cerebral, o estudo tem muita validade.

Sexo biológico:

A primeira relação encontrada foi a do sexo biológico, mostrando que há mais meninos desenvolvendo essas patologias que meninas.

Essa evidência já mostramos em um outro vídeo, quando explicamos a razão de haver mais meninos que meninas autistas.

Amígdala cerebral:

A segunda relação encontrada foi o maior volume da amígdala cerebral no autista com maior índice de patologias, tanto em meninos quanto em meninas.

Ausência de fagocitose:

Outros estudos mostram a ausência da fagocitose em ambos os sexos, durante o desenvolvimento neurofisiológico, o que deixa o autista com um número de ligações entre neurônios (sinapses) muito mais elevado do que a criança neurotípica.

Vamos, agora, à observação prática dos nossos autistas, ao longo dos últimos anos, levando em consideração todos esses estudos.

O número muito maior de neurônios no cérebro autista atrapalha o desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

A amplificação dos sinais elétricos e químicos (sinapses) faz com que ele esteja constantemente com excesso de pensamentos, excesso de imagens visuais, auditivas, olfativas ou gustativas, a depender de onde estão essas inúmeras ligações neurais a mais.

E como o volume da amígdala cerebral encontrado foi maior, ela pode estar com mais capacidade de detecção de perigos, já que o número de neurônios nela amplifica bastante o seu trabalho de detecção.

Isso pode significar que ela dispara o sistema nervoso simpático com mais frequência e mesmo sem real necessidade, trazendo muito mais ansiedade e muita tensão emocional.

Isso explicaria, em nosso estudo, a facilidade de irritação, inquietação, impulsividade, agressividade e, naturalmente, a redução acentuada em seu sistema imunológico, ficando mais vulnerável a patologias de oportunidade ou mesmo psicossomáticas.

Mas esse maior volume também pode ser resultado de inflamação cerebral, embora só tenhamos comprovações evidentes, por enquanto, da inflamação direta dos astrócitos dos interneurônios, compondo a maioria das redes neurais do córtex cerebral, mas ainda não temos conhecimento se alguma pesquisa encontrou essas inflamações nas redes neurais das amígdalas.

Então o que concluímos é que, se conseguirmos reduzir a inflamação cerebral do autista, ficaremos apenas com o excesso de neurônios e suas correspondentes amplificações de sinais e sem a irritação, a agressividade e os comportamentos estereotipados.

E, a partir daí, fica mais fácil direcionar seus pensamentos para as habilidades correspondentes à sua área cerebral mais amplificada, o que pode trazer, como resultado, um desenvolvimento muito mais eficaz, até, do que o de qualquer criança neurotípica.

Ao mensurarmos essa inteligência desse autista ele terá um elevadíssimo quociente intelectual, mas que não necessariamente é o lógico matemático, mas sim o que corresponde a área de maior concentração dessas redes neurais a mais.

Exatamente por isso temos, hoje, autistas que, mesmo sem terem sido ensinados, falam diversos idiomas, outros que fazem qualquer conta de cabeça, outros que tem super memória, e assim por diante.

Mas é sempre bom lembrar que, se esses autistas estiverem sendo tratados exclusivamente com medicamentos, toda essa potencialidade estará destruída e nada disso acontecerá.

 

Espero ter respondido às perguntas sobre esse assunto, mas se houver alguma dúvida a mais entrem em contato por algum dos nossos canais, seja email, whatsapp, ou aqui mesmo pelos comentários no youtube.

Inscrevam-se, ativem o sininho e compartilhem com seus amigos.

Vamos todos, juntos, fazer de tudo para salvar nossos amigos autistas da exclusão social.

 

Uma conversa sobre o autismo infantil

Como lidar com o colega “sabotador”, que ignora a inclusão?

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