Todo autista tem QI elevado?

Todo autista ASPERGER tem QI elevado?

Tenho recebido essa pergunta de muitos amigos seguidores, alguns deles pais de autistas considerados como Asperger, e que querem saber como fazer para aproveitar essa possível capacidade intelectual de seus filhos.

Vamos iniciar por alguns dos mais recentes trabalhos publicados nas revistas técnicas internacionais.

Uma das linhas de pesquisa mais promissoras e mais eficazes, de acordo com a nossa observação dos autistas matriculados em nosso colégio nos últimos vinte e um anos, é a que visa a redução dos sintomas pela eliminação das suas causas intermediárias

Essa linha de pesquisa tem encontrado ligações diretas entre os sintomas com:

Inflamação cerebral, provocada pelo envio ao cérebro de proteínas, pela corrente sanguínea, devido à permeabilidade das paredes do intestino.

Excesso de neurônios em algumas áreas cerebrais, amplificando exageradamente os sinais correspondentes aquele processador, seja o visual, o auditivo, o olfativo, o gustativo, o tátil ou outros que a ciência biológica não conhece ainda.

Essa linha mostra meios de reduzirmos todos os seus sintomas e, assim, o autista passa a ter condições de se desenvolver intelectualmente e alcançar a sua autonomia, da mesma forma que uma criança neurotípica.

Outra linha, infelizmente uma das mais frequentes, ignora as evidências dessa inflamação e desse excesso de neurônios, mesmo com todas as comprovações publicadas, e trata o autista como se seus sintomas não possam ser reduzidos e, portanto, devam ser camuflados pelas atuais drogas psiquiátricas.

Nessa linha estão cientistas famosos e importantíssimos que, em seus trabalhos, visam encontrar a cura definitiva da causa original do autismo que, segundo todos eles, parece estar nas dezenas de mutações em seus genes.

A maioria desses pesquisadores não tem interesse algum pela redução das causas intermediárias, já que quando eles encontrarem a cura da principal, não haverá mais autismo.

Um deles me confessou que o perigo das terapias que reduzem os sintomas e permitem o desenvolvimento integral do autista é o abandono do interesse pela cura definitiva.

Mas, mesmo os estudos dessa linha exclusivamente genética e psiquiátrica, acabam por trazer conclusões importantes, como por exemplo a que foi publicada no dia 20 de janeiro de 2020, pelo Jornal da Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente.

Nesse estudo os pesquisadores procuram encontrar, nos altos índices de patologias das crianças autistas, uma relação com o sexo biológico e com o volume da amígdala cerebral.

Mesmo sabendo que esse alto índice de patologias pode estar sendo confundido com os mesmos sintomas, mas provenientes da inflamação cerebral, o estudo tem muita validade.

Sexo biológico:

A primeira relação encontrada foi a do sexo biológico, mostrando que há mais meninos desenvolvendo essas patologias que meninas.

Essa evidência já mostramos em um outro vídeo, quando explicamos a razão de haver mais meninos que meninas autistas.

Amígdala cerebral:

A segunda relação encontrada foi o maior volume da amígdala cerebral no autista com maior índice de patologias, tanto em meninos quanto em meninas.

Ausência de fagocitose:

Outros estudos mostram a ausência da fagocitose em ambos os sexos, durante o desenvolvimento neurofisiológico, o que deixa o autista com um número de ligações entre neurônios (sinapses) muito mais elevado do que a criança neurotípica.

Vamos, agora, à observação prática dos nossos autistas, ao longo dos últimos anos, levando em consideração todos esses estudos.

O número muito maior de neurônios no cérebro autista atrapalha o desenvolvimento de algumas áreas cerebrais.

A amplificação dos sinais elétricos e químicos (sinapses) faz com que ele esteja constantemente com excesso de pensamentos, excesso de imagens visuais, auditivas, olfativas ou gustativas, a depender de onde estão essas inúmeras ligações neurais a mais.

E como o volume da amígdala cerebral encontrado foi maior, ela pode estar com mais capacidade de detecção de perigos, já que o número de neurônios nela amplifica bastante o seu trabalho de detecção.

Isso pode significar que ela dispara o sistema nervoso simpático com mais frequência e mesmo sem real necessidade, trazendo muito mais ansiedade e muita tensão emocional.

Isso explicaria, em nosso estudo, a facilidade de irritação, inquietação, impulsividade, agressividade e, naturalmente, a redução acentuada em seu sistema imunológico, ficando mais vulnerável a patologias de oportunidade ou mesmo psicossomáticas.

Mas esse maior volume também pode ser resultado de inflamação cerebral, embora só tenhamos comprovações evidentes, por enquanto, da inflamação direta dos astrócitos dos interneurônios, compondo a maioria das redes neurais do córtex cerebral, mas ainda não temos conhecimento se alguma pesquisa encontrou essas inflamações nas redes neurais das amígdalas.

Então o que concluímos é que, se conseguirmos reduzir a inflamação cerebral do autista, ficaremos apenas com o excesso de neurônios e suas correspondentes amplificações de sinais e sem a irritação, a agressividade e os comportamentos estereotipados.

E, a partir daí, fica mais fácil direcionar seus pensamentos para as habilidades correspondentes à sua área cerebral mais amplificada, o que pode trazer, como resultado, um desenvolvimento muito mais eficaz, até, do que o de qualquer criança neurotípica.

Ao mensurarmos essa inteligência desse autista ele terá um elevadíssimo quociente intelectual, mas que não necessariamente é o lógico matemático, mas sim o que corresponde a área de maior concentração dessas redes neurais a mais.

Exatamente por isso temos, hoje, autistas que, mesmo sem terem sido ensinados, falam diversos idiomas, outros que fazem qualquer conta de cabeça, outros que tem super memória, e assim por diante.

Mas é sempre bom lembrar que, se esses autistas estiverem sendo tratados exclusivamente com medicamentos, toda essa potencialidade estará destruída e nada disso acontecerá.

 

Espero ter respondido às perguntas sobre esse assunto, mas se houver alguma dúvida a mais entrem em contato por algum dos nossos canais, seja email, whatsapp, ou aqui mesmo pelos comentários no youtube.

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Vamos todos, juntos, fazer de tudo para salvar nossos amigos autistas da exclusão social.

 

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