Como escapar da MATRIX manipuladora de mentes humanas

Como escapar da MATRIX manipuladora de mentes humanas

Pois é amigos!

Tudo começa com a construção de uma base sólida bem no interior de nossas mentes, o que conseguiremos por meio de um processo de educação responsável

E quando nos propomos ao exercício desse tipo de educação responsável, que deveria ser o objetivo comum de todas as escolas, temos que ter em mente a escolha cuidadosa dos caminhos que garantam o tripé dessa mudança social.

Quais são eles:

A garantia da aprendizagem real de todos os alunos, independentemente de suas condições intelectuais, comportamentais e cognitivas, sempre a partir dos seus “pontos de entendimento” – isso vai formar a sua base intelectual;

A identificação e estímulo de suas habilidades e competências, para preparar a sua autonomia, principalmente nos que possuem alguma dificuldade de aprendizagem ou qualquer transtorno do neurodesenvolvimento – isso vai garantir a sua subsistência futura; e

A promoção da socialização, para desenvolver a capacidade de compreensão das diferenças, o exercício do respeito ao outro e a construção da cultura do caráter. – isso vai garantir a convivência harmônica entre diferentes e, inclusive, entre opostos.

Como o sistema dominante, o que tenta implantar a tal MATRIX, não quer pessoas inteligentes, autônomas e nem felizes uns com os outros, esse terceiro objetivo nem sempre é fácil de ser passado para os alunos.

A péssima influência externa tenta, a todo custo, eliminar os valores humanos, destruir as famílias, instigar pessoas umas contra as outras, ridicularizar a honestidade, o caráter e o respeito pelos outros.

Mas se conseguirmos implantara a cultura do caráter, pelo exercício dos valores humanos, criaremos a estrutura familiar fundamental para uma sociedade saudável, produtiva e feliz.

E é nesse ponto que as duas instituições, escola e família, precisam manter um diálogo permanente, para efetivar essa parceria e, tão importante quanto essa parceria, estabelecerem suas responsabilidades, suas competências e, principalmente, seus limites.

À escola cabem os três objetivos que listamos, para garantir a todos os seus alunos: Aprendizagem real; Desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à autonomia; e Socialização.

À família cabe a educação doméstica, os cuidados com a saúde, e o ensino dos valores, considerados como básicos e fundamentais, pelos pais ou responsáveis.

Surge agora, naturalmente, um desafio importante!

Cada grupo social elege seus valores de acordo com a sua cultura, a sua vivência e as suas experiências de vida.

A partir desses valores surgem as diferentes linhas de pensamento, de opções de vida, de escolhas, de crenças, de filosofias de vida, de ideologias políticas e sociais, tudo isso, durante a formação da criança e do adolescente, sempre sob a responsabilidade da família.

Essa diferença de ideias, gostos e pensamentos é bastante saudável, desde que haja respeito pelas ideias dos outros e, assim, todos possam compartilhar pensamentos, opções de vida, ideologias, crenças, como ampliação do nosso horizonte de conhecimento.

Isso não quer dizer que cada um deve mudar os conceitos dos outros. Nada disso. Conhecer e compreender a forma de os outros pensarem significa crescimento intelectual e cognitivo, mesmo que nada mude em nossas próprias convicções.

Em alguns países, como não existe a liberdade do pensamento, esses valores são determinados pelo Estado e ficam sob a responsabilidade da escola, onde os professores são os doutrinadores, não sendo permitido, às famílias, qualquer interferência.

São, por exemplo, os países onde a religião é proibida, onde a única ideologia política autorizada é a do Estado e onde não é permitida a divulgação de pensamentos contrários ao regime vigente.

Nesses países, nada do que eu disse antes é válido.

Mas como ainda não nos transformamos em algo desse tipo, temos que aproveitar enquanto ainda podemos ter o prazer de viver, conviver e compartilhar nossa missão, nessa vida, com amigos diferentes de nós, que pensem diferente, que tenham ideias diferentes, que tenham gostos diferentes e, por vezes, até contrários e parecendo, inclusive, contraditórios.

Eu disse prazer de conviver com o diferente, porque só assim podemos crescer em conhecimento, em entendimento de mundo e, mais que tudo isso, em entendimento sobre nós mesmos.

Mas se nós não evitarmos que, pessoas desejosas de assumirem o poder supremo, ou a corrupção suprema, usem essas diferenças, para dividir as pessoas e incitar o ódio e os conflitos, poderemos estar, um dia, vivendo em uma “matrix”, totalmente controlada pelo Estado, como bem nos alertaram Aldous Huxley e George Orwell, em suas obras 1984 e Admirável Mundo Novo.

Aí nunca mais saberemos o que significa o prazer e a felicidade da liberdade nem da diversidade, seja de atitudes, opções de vida, ideologias ou pensamentos.

E essa divisão de pessoas em “nós e eles” é a maneira que esses grupos usam para iniciar a construção dessa matrix dominadora.

É o início da criação de grupos antagônicos, na realidade, criar o antagonismo entre grupos, para que todos se desentendam entre si, mas de uma forma a mais violenta possível, desestabilizando o emocional de todos e, assim, ficando mais fácil manipular as mentes.

Nosso papel, e temos que ser rápidos nisso, é o de eliminar esse mal pela raiz, em um trabalho de construção da cultura do caráter desde a educação básica, para que nossos jovens possam ter uma formação saudável em todos os aspectos, do orgânico ao psíquico, já que o equilíbrio entre corpo e mente, pelo fato de estabilizar todo o aspecto emocional, dificulta muito a manipulação negativa.

Um jovem bem formado de corpo e mente será um jovem bem resolvido consigo mesmo e, portanto, capaz de estar bem resolvido com seus pares, sua família, seus amigos e seu cônjuge.

Aí ficará mais fácil, para nós, mostrarmos quais são os principais valores para coibir a incitação ao ódio e a provocação dos conflitos e, assim, termos uma sociedade melhor:

O primeiro é a humildade para entendermos que nenhum de nós tem inteligência suficiente para ser o dono da verdade!

Todas as vezes que assumirmos uma opinião qualquer, precisamos da humildade para analisar quantas pessoas pensam de forma diferente ou até oposta à nossa.

E aí vamos analisar se todas essas outras pessoas são mesmo burras, ignorantes, idiotas, ou se existe alguma possibilidade de nós estarmos um pouco enganados!

O segundo valor, então, é o respeito pelas diferenças.

Exatamente devido a essa análise, que nós só conseguiremos fazer se tivermos muita humildade, precisamos respeitar e compreender o diferente, até mesmo para entendermos quais são as suas premissas e, com isso, aprendermos mais sobre a vida.

Entrar em conflito, para tentar mudar a opinião do outro, elimina a possibilidade de virmos a aprender algo a mais, e de analisarmos premissas que nem sabíamos de suas existências.

Isso não significa que mudaremos de opinião.

Isso só significa que cresceremos em conhecimento, inteligência e sabedoria, que é um excelente caminho para que cada um se sinta satisfeito consigo mesmo, com o outro e, naturalmente de bem para com aa vida.

Juntem-se a nós, em nossos minicursos mensais, o próximo será 15, 16 e 17 de setembro, das 19 às 21:30, que é a forma que temos de compartilhar, com o máximo possível de pessoas de bem, todo o conhecimento necessário para o enfrentamento desses desafios e, assim, contribuirmos para uma sociedade melhor, não só para nossos filhos, mas também para nós mesmos. Ainda dá tempo!

Forte abraço!

 

É guerra que estão querendo?

Uma necessária reflexão, antes que nos censurem também!

Alimentação cura autismo e TDAH? Mito ou realidade?

Alimentação cura autismo e TDAH: Mito ou verdade?

Um dos maiores perigos, para quem tem autismo, déficit de atenção, hiperatividade ou qualquer outro transtorno do neurodesenvolvimento, é a desinformação.

E essa desinformação pode ocorrer, ou por falta de condições de acesso ao conhecimento, ou por falta de vontade, mesmo, de estudar.

Eu sou Roberto Andersen, escritor, psicanalista e educador, e realizo pesquisas de campo, na área neuro-psíquica-cognitiva, principalmente voltadas para o desenvolvimento psíquico, social e intelectual das crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento.

Para facilitar a continuidade dessas pesquisas e, também, para colocar nossos projetos de educação inclusiva em prática, criamos o Colégio IUPE, hoje no seu vigésimo primeiro ano de funcionamento.

E para facilitar a divulgação dos resultados de nossas pesquisas criamos um projeto de Formação Continuada de profissionais de educação, terapeutas, familiares e alunos, realizando um minicurso de três noites, toda segunda semana do mês e que, a partir dessa pandemia, passou a ser online, e assim será daqui para a frente.

Vamos, então, ao nosso tema de hoje: É verdade que a alimentação cura o autismo e o TDAH?

Alguns profissionais dirão que não. Outros dirão que sim. Com quem estará a verdade?

Só saberemos a verdade se adotarmos um desses caminhos:

1º) Ou estudar todos os artigos científicos publicados nas revistas especializadas, tomando o cuidado de analisar possíveis relações com algum tipo de patrocínio, como por exemplo: uma pesquisa para saber se o açúcar refinado é prejudicial à saúde, realizada sob o patrocínio de uma indústria açucareira.

2º) Ou realizar pesquisas de campo, observando cada criança ou adolescente com tais transtornos, registrando, periodicamente, a evolução dos seus sintomas, e relacionando os resultados alcançados, com os tratamentos realizados.

Só assim podemos ter o estudo real de cada caso, analisar as evidências encontradas, experimentar novas terapias, relacionar resultados, e tudo o mais.

E não precisaremos mais escolher em quem acreditar, já que a verdade estará clara em nossa frente.

Mesmo assim ainda existe a possibilidade de chegarmos a conclusões incorretas ou, no mínimo, imprecisas, já que o ser humano tem mudado muito, assim como muda, também, o meio ambiente.

Então qual a realidade de agora?

Os transtornos, em sua maioria, se originam em mutações genéticas, causadas, ou por herança dos genes alterados dos pais, ou por influências externas ligadas ao meio ambiente, recebidas pela respiração, pela alimentação, pelo contato de pele, ou por outras formas diversas

Essas mutações, como causa principal, estão sendo estudadas por cientistas como Alisson Muotri, brasileiro, Karina Griese-Oliveira, brasileira, He Jiankui, chinês e muitos outros.

No momento em que um deles descobrir a cura do gene defeituoso, estará curado o transtorno.

Mas essa realidade ainda está longe, e não podemos ficar esperando isso enquanto nosso filho se desenvolve, com os sintomas atrapalhando a sua felicidade.

Então, o que podemos fazer é:

1º) Ou esperar a cura completa dos transtornos, o que deve vir por meio do trabalho de Alisson Muotri, Karina Griese-Oliveira, He Jiankui e outros cientistas.

2ª) Ou manter os sintomas de seus filhos contidos quimicamente, por meio dos medicamentos controlados, durante toda a sua vida.

3º) Ou buscar meios de reduzir ou mesmo eliminar o maior número de sintomas possíveis, para que ele consiga viver com as mesmas condições que qualquer criança.

E, em todos os casos, seja qual for a opção escolhida:

Realizar terapias e treinamentos comportamentais, educacionais e afetivos, do tipo ABA, TEACCH, DENVER e outros, para que essas crianças consigam ser socializadas e ter algum tipo de desenvolvimento, por meio de uma equipe multidisciplinar.

Para aqueles que optaram pela 3ª opção, que é a redução dos sintomas para que a criança consiga viver com as mesmas condições que qualquer outra criança, as orientações são as nutricionais, ou seja:

– Eliminar os parasitas sob orientação do pediatra.

– Realizar exame clínico completo (para detectar níveis de vitamina e possíveis comorbidades paralelas, como por exemplo problemas de tireoide), sob orientação do pediatra.

– Realizar um exame rigoroso de intolerância alimentar, para detectar quais as proteínas que devem ser substituídas na alimentação, sob orientação de pediatra nutrólogo, ou profissional nutricionista.

– Seguir dieta substituindo os alimentos não tolerados por outros que mantenham o valor nutricional necessário à idade e peso da criança, sob orientação de nutricionista.

Nessa linha de tratamentos estão William Shaw, americano, Aderbal Sabrá, brasileiro, Anne Karoline Brito, brasileira (baiana) e muitos outros.

E quais os fundamentos?

Esses estudos estão fundamentados em algumas das consequências das mutações genéticas, entre elas a má formação das paredes do intestino, que perdem a barreira gastrointestinal, permitindo a passagem de proteínas, protozoários e vermes para a corrente sanguínea, provocando inflamações, tanto no próprio intestino como nos astrócitos dos neurônios, conforme já foi detectado em alguns estudos.

Essas inflamações nos astrócitos, além de incomodar a pessoa, provocando irritabilidade, agressividade, impulsos repetitivos e outros sintomas, também prejudicam o desenvolvimento das áreas adjacentes, dificultando ou atrasando diversas etapas do seu desenvolvimento.

Como não podemos, ainda, eliminar a causa primeira, que é a mutação genética, essa é a razão para realizar a compensação dessa permeabilidade das paredes do intestino, retirando da alimentação todas as proteínas que, se foram para a corrente sanguínea da pessoa, causarão todos esses sintomas.

Esse trabalho está todo apresentado por Aderbal Sabrá, em seus estudos nos doutorados e pós doutorados, aqui e nos Estados Unidos, e reunidos em seu livro: Manual de Alergia Alimentar, para quem desejara se atualizar no assunto.

Para complementar a eficácia desse procedimento e melhorar o trabalho conjunto do intestino e do cérebro, precisa ser corrigida outra falha no organismo das pessoas com esses transtornos, que é a infestação de parasitas no trato digestivo.

O estudo mais recente sobre esse aspecto está sendo realizado pela pesquisadora baiana Anne Karoline Brito, em seu doutorado pela Universidade Federal da Bahia em Vitória da Conquista: “Microbiota intestinal: Sua influência sobre o perfil inflamatório e integridade da barreira gastrointestinal de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista”.

Então, a resposta para a pergunta é:

Não é a alimentação que vai curar o autismo, nem o TDAH, mas, a alimentação inadequada, a falta de vitaminas e a presença de parasitas no trato digestivo, são os principais vilões, responsáveis pelo aumento da intensidade de seus sintomas, e por todo o prejuízo em seu desenvolvimento.

Essa é a nossa resposta a essa indagação.

Inscrevam-se em nossos minicursos de formação continuada.

Assim teremos mais gente conosco, nessa luta para salvar nossas crianças e nossos adolescentes da exclusão social, dando a todos eles, as mesmas condições de sucesso, que todos os seus colegas.

Recebam todos um forte abraço!

 

Como evitar a manipulação da nossa mente

Breves noções das psicologias

Psicologia e Psicanálise: as diferenças principais

Masoquismo na fase fálica

Aprendizagem cerebral – a memória

Autossabotagem e as Crenças Limitantes

Autossabotagem a as Crenças Limitantes
(Seu maior inimigo está na sua própria mente)

Nossa conversa de hoje tem endereço certo: é exatamente para todos vocês, incluindo eu também! É importante para todos, e vocês vão ver que, mesmo sabendo disso, temos que estar atentos, de forma permanente, para não cairmos, todos os dias, na mesma armadilha.

Uma armadilha preparada, por nós mesmos, dentro da nossa própria mente!

Vamos começar com uma história real:

Numa dessas minhas frequentes viagens, em uma cidade pequena no interior do Brasil, onde eu costumo ir todos os anos, eu recebi Dona Helena, com seu filho Lucas, 11 anos, para orientações relacionadas às dificuldades de aprendizagem de seu filho.

Os nomes são fictícios, claro!

Cumprimentei D. Helena e, imediatamente, comecei a conversar com Lucas, como normalmente eu inicio meus atendimentos.

Lucas se espantou, acredito que… …por estar acostumado aos adultos, normalmente, antes de conversar com ele, perguntarem à mãe sobre ele.

Mas, esse é o meu costume, para ganhar a confiança da criança com mais facilidade.

Procurei saber o nome dele, antes de sua chegada, para não iniciar a conversa, ainda com a criança inibida, perguntando pelo seu nome. Eu não acho isso bom.

Fui, então, logo me apresentando:

“Oi Lucas, eu sou o professor Roberto!” E daí comecei a puxar todo tipo de conversa, procurando me interessar por cada resposta.

Ele me disse que não conseguia aprender nada, por ser microcéfalo, autista e TDAH.

Fiz, então, uma série de testes, tipo avaliação diagnóstica, para identificar os seus pontos de entendimento, principalmente em cálculo, leitura, escrita e interpretação de texto.

Registrei os pontos, para efeito do relatório que eu enviei, depois, para os pais e para a escola.

No final mostrei a ele minhas anotações, e disse: “Viu que você sabe calcular, ler, escrever e interpretar?”

“Você só precisa estar confiante em você mesmo e seguir em frente!”

“Dificuldades todo mundo tem em alguma matéria”

“Pode ter certeza de que tem colega seu com mais dificuldade que você em alguma coisa.”

“Então veja que suas dificuldades são como as de todo mundo! Nada tem a ver com microcefalia, autismo ou TDAH.”

“Os sintomas dessas coisas que atrapalham você, a gente vai orientar para reduzir até que, um dia, não tem mais nada.”

Aí mostrei a ele que, se compararmos as cabeças de todo mundo, vai ter muito macrocéfalo e muito microcéfalo entre nós, e que isso não faz diferença nenhuma, já que todos somos diferentes mesmo.

Mostrei a ele, também, que todos nós temos alguns dos sintomas, que são comuns no autismo e no TDAH, e que isso também não faz diferença nenhuma.

Basta nós nos entendermos e termos força de vontade para superar qualquer dificuldade que apareça.

Depois disso, me dirigindo aos dois, D. Helena e Lucas, dei diversas dicas para a mãe, ele ouvindo, sobre quais os profissionais que devem ser procurados para reduzir todos sintomas do autismo e do TDAH, além dos estímulos continuados para o desenvolvimento das redes neurais, que podem ter sido afetadas pela microcefalia.

Mas sempre deixando claro para ele que, os exercícios e dietas específicas, que serão passados pelos terapeutas, são para melhorar ainda mais a capacidade intelectual que ele já tem.

E que ele só precisa ter certeza disso, e continuar os exercícios e as dietas para ser, a cada dia, melhor ainda, do que era no dia anterior.

E que ele sempre se compare, nunca com seus colegas, mas sempre com ele mesmo, ontem.

Fiz um relatório para a escola sobre os pontos de entendimento e a forma de adaptar conteúdos, atividades e avaliações, além da recomendação sobre bullying, principalmente devido à microcefalia.

Esse ano, dois anos depois, eles vieram me ver novamente, agora numa cidade vizinha à deles, Lucas já com 13 anos.

Ele me espantou desde a chegada.

Saiu do carro de sua mãe, correndo, para me abraçar, todo feliz, e me contou que já está no 8º ano, sem qualquer necessidade de adaptação, se sente igual aos colegas, participa de todas as atividades e começou a me contar seus planos para o futuro.

Agora vamos a análise:

O que estava atrapalhando o desenvolvimento de Lucas não era a microcefalia, nem o autismo e nem o TDAH, se é que esses diagnósticos estavam corretos. Tenho encontrado muito diagnóstico precipitado a todo momento.

O único obstáculo real era a CRENÇA LIMITANTE imposta a ele por todos esses RÓTULOS, a partir dos diagnósticos.

Quando aparece um rótulo, nossa mente registra como alguma coisa impeditiva para o nosso desenvolvimento: “Sou inferior!”

A mente, ao saber das deficiências, se acomoda e não estimula o cérebro a se consertar, já que existe um documento oficial determinando a inferioridade, a incapacidade e a impossibilidade de seu desenvolvimento.

O cérebro se acomoda, até mesmo por economia de energia das células neurais. Para que gastar energia naquilo que não funciona?

Esse caso de Lucas, que é real, precisa que todos nós tenhamos sempre na lembrança.

Isso porque existe uma infinidade de crianças na mesma situação e que, por não terem essa orientação, acabam sendo excluídas, não só da escola, mas da sociedade como um todo.

A interferência mais importante para todos esses casos, e que todos nós podemos fazer (pais, professores, terapeutas ou até colegas) é quebrar essas CRENÇAS LIMITANTES que foram impostas à criança.

Quebrando isso, seu cérebro, sozinho, passará a trabalhar a seu favor, consertando tudo o que ele pode consertar, reduzindo todos os sintomas que porventura existam, e permitindo que ele se desenvolva, como qualquer outra criança, e que seja autônomo e feliz.

Nesse caso real, havia um rótulo provocador, da crença limitante. Mas e no nosso caso? E no nosso dia-a-dia?

Sim, gente!

Lembram que eu falei da economia de energia, pelo cérebro? Que o cérebro não vai querer gastar energia, em algo que não funcione, ou que não seja importante?

Pois é!

Somos bombardeados, diariamente, por crenças desse tipo, que chegam de todas as mais diferentes formas.

Algumas vezes, são colegas de trabalho, que olham o que você está fazendo, e dizem: “Cara! Não adianta! Isso não vai dar certo!”

Ou pensamentos, nossos mesmos, assim:

– Não sei nada disso. Nunca me ensinaram.

– Não sei por onde começar.

– Não sou qualificado para fazer isso

– Muito difícil. Não vou conseguir.

– Tarde demais. Não adianta.

E até uma resposta que damos a uma proposta positiva de alguém: “OK, vou tentar”

Sobre essa frase eu dou sempre a mesma contra resposta:

“Não precisa tentar! Basta fazer!”

Ou seja: muitas vezes somos nós mesmos, que começamos um trabalho, e esbarramos em uma dificuldade qualquer.

Aí, a nossa tendência ao comodismo, se aproveita da dificuldade, e nos convence a desistir.

Outras vezes, é a observação da facilidade, que algum dos nossos colegas tem, ao realizar uma atividade, seja de cálculo, seja de interpretação de textos, seja de raciocínio filosófico, e com isso, nos convencemos, que não nascemos para isso, desistindo no meio do caminho.

Há momentos em que temos certeza de que é impossível para nós, porque já tentamos dez vezes, e sempre fracassamos.

Mas, se nós analisarmos, a evolução que tivemos, em cada tentativa, perceberemos que estamos perto do sucesso, mesmo depois de dez fracassos.

É nessa hora que mudamos o termo FRACASSO para o termo APRENDIZAGEM.

E o segredo da mudança está exatamente nessa alteração do nome, e nessa análise!

Esse é o momento em que temos que dar o “passe mágico”!

O mesmo “passe mágico” que dei, ao atender Lucas, e mudar toda a sua relação com ele mesmo, quando ele começou a gostar dele mesmo, e passou a enxergar seu sucesso em tudo.

Foi dado início ao seu pleno desenvolvimento no caminho da autonomia e da felicidade.

Esse é o momento da transformação do ELEMENTO LIMITANTE de nossa crença em ELEMENTO ESTIMULANTE.

Passamos, agora, a ter certeza de que nosso sucesso sempre vai chegar, evoluindo aos poucos, por meio desses exercícios de aprendizagem diários, e que antes chamávamos de: fracassos…

Então, gente, para concluir:

Dê um basta nas crenças limitantes. Transforme-as em crenças estimulantes.

E mude o termo fracasso, para aprendizagem.

Não há fracassos! Há exercícios de aprendizagem, que o tempo todo, da nossa vida, vão contribuindo para a nossa evolução mental e, portanto, construindo a nossa essência vitoriosa e, consequentemente, a nossa felicidade.

Construção do equilíbrio emocional e a sombra psíquica

IRRITAÇÃO E ESTRESSE SÓ ATRASAM A NOSSA VIDA!
O segredo do sucesso pessoal, profissional e na vida amorosa está no equilíbrio emocional, obtido a partir da integração de nossa sombra psíquica com a nossa personalidade:

Mistérios da Mente Humana

Construção do equilíbrio emocional a partir do entendimento da própria sombra

A maioria das ciências que estuda a psiquê humana procura encontrar técnicas e métodos, para nos trazer de volta ao nosso equilíbrio psíquico ou, pelo menos, no caso da psiquiatria, meios de manter em contenção os surtos mais perigosos daqueles cujo desequilíbrio o levou a doenças psiquiátricos.

Quase todos esses estudos tentam desvendar o segredo das sombras psíquicas, no conjunto da personalidade humana.

Elas, as sombras, significam o lado escuro da verdade interior de cada pessoa, a parte que o indivíduo, de forma inconsciente, rejeita e, portanto, reprime, como se não fizesse parte dele ou, em alguns casos, o faz até de forma consciente ou semiconsciente, forçando ignorar essa verdade com sendo sua.

Quando isso se dá de forma consciente, essa sombra é a parte da nossa personalidade que nós não aceitamos como sendo nossa ou que, mesmo sabendo que seja nossa, procuramos esconder até de nós mesmos.

Na psicologia analítica, Jung estuda esse processo em sua “Teoria das Sombras”, já que esses pensamentos constituem o lado obscuro de nossa mente.

Na psicanálise, Freud identifica como sendo a parte dos processos mentais que, por serem considerados dolorosos, incorretos ou desagradáveis, acabam sendo reprimidos, na parte inconsciente de nossa mente.

O problema é que essa repressão não apaga o seu conteúdo.

Pelo contrário, até os intensifica, criando uma verdadeira bola de energia, que fica ali contida, mas tentando extravasar a todo momento.

Seja a bola de energia de Freud ou a sombra de Jung, cujos significados trazem alguma semelhança, a verdade é que nunca seremos nós mesmos, sadios psiquicamente, equilibrados emocionalmente, se não nos integrarmos à essa nossa essência desconhecida, escondida de nós mesmos.

Enquanto não identificarmos e entendermos o conteúdo de nossas sombras estaremos alimentando carências as mais diversas, aumentando a necessidade de compensações emocionais, sentimentais e de prazeres diversos, como se o mundo não nos satisfizesse, como se a vida não tivesse qualquer sentido para nós.

Alguns poderiam pensar que bastaria eliminarmos a sombra, ou seja, esquecê-la de vez, varrer de nossa mente, apagar toda essa parte obscura.

Se livrar da sombra, ou eliminar essa bola de energia, seria um objetivo muito simplório, para quem desejaria ter, em si, apenas a parte positiva de toda a sua personalidade e:

-Nunca mais ter acesso ao que ficou para trás e que nos faria sofrer, se lembrássemos;

-Nunca mais sentir os desejos e as vontades que consideramos incorretos socialmente, ou inadequados às nossas opções ou ao nosso EGO aparente e assim não alimentarmos angústias dolorosas;

-Nunca mais sentir raiva de alguém, querer discutir, querer brigar, e assim estar bem com todo mundo o tempo todo.

Parece interessante!

Mas… Pode não dar certo!

Lembram de Peter Pan?

Sua sombra fugia dele, sempre que podia, o que significava que ele ficava apenas com a parte pura de sua personalidade.

Nesse período ele não seria capaz de pisar numa formiga! Isso parece sublime!

Mas tão puro assim, ele jamais conseguiria combater o Capitão Gancho!

Sem a parte dura, perversa ou maliciosa de sua personalidade, ele jamais venceria uma batalha!

A sombra desconectada o deixava ingênuo, totalmente vulnerável.

A sombra, quando integrada aos seus sentimentos e emoções, complementava a sua personalidade, eliminando a ingenuidade vulnerável.

Com a parte astuta, Peter Pan passava a ser capaz de criar estratégias de combate contra o Capitão, pregar-lhe peças, enganá-lo.

Por isso ele pediu a Wendy que costurasse sua sombra em seus pés.

Lógico que Sininho, a fadinha da história, apaixonada pela ingenuidade de Peter, preferia ele sem a sombra.

Sim, porque outra parte importante da sombra é a disposição para um amor mais forte do que o amor fraternal.

E isso começou a preocupar Sininho.

Peter integrado com sua sombra poderia vir a desenvolver a atração sexual que transformaria Wendy em rival de Sininho…

O conteúdo da sombra, então, é tão importante quanto o conteúdo de toda a nossa psiquê, uma parte complementando a outra, desde que sendo bem entendido, analisado, ressignificado, para que a integração seja totalmente construtiva em termos de felicidade e satisfação pessoal.

Afinal, esse lado faz parte de nós! Nós só temos que saber como identificá-lo, entendê-lo e, assim, alcançarmos o nosso equilíbrio emocional e psíquico. Sem esse lado não há evolução fácil.

Ignorar os conteúdos de nossas sombras significa ignorar uma parte de nós mesmos e, muito possivelmente, essa parte é a que pode dar o impulso que precisamos para nosso sucesso pessoal, profissional e amoroso.

Mas é importante que estejamos muito atentos ao iniciarmos essa viagem rumo ao interior de nossa mente, para evitar sermos enganados pelas interpretações intempestivas e precipitadas de cada parte do conteúdo que encontrarmos.

Vamos analisar, hoje, um dos conteúdos que mais encontrei, até agora, nesses acompanhamentos e orientações:

Ao identificarmos um desejo contido que parece nos machucar muito, pela impossibilidade de sua satisfação, precisamos analisar tudo o que está contido nesse desejo, sua origem, sua evolução, a razão da negação da sua satisfação, como se fossemos um leitor analisando um relato de alguém.

Essa análise deve ser a mais fria e neutra possível, para identificar enganos de observação muito comuns quando uma pessoa, por exemplo, se apaixona por outra e pensa estar sendo correspondida.

Nessa análise criteriosa não é difícil descobrir a inexistência da reciprocidade que estava sendo criada na nossa mente como uma fantasia conveniente.

Após a constatação da inexistência da reciprocidade, a energia desse desejo começa a ser liberada. A parte negativa desse desejo contido começa a ser esvaziado do conteúdo da sombra.

Mas permanece na sombra o impulso pela paixão, pelo amor, pelo relacionamento afetivo e amoroso, que são elementos necessários à construção da felicidade.

Mas, agora, sem a parte negativa, que havia sido construída por nós mesmos, na nossa cegueira conveniente, manchando a nossa pureza de sentimentos.

Ficamos livres, agora, à espera da chegada de alguém com sentimentos recíprocos.

Não descartar esse engano manteria o sofrimento desnecessário e nos cegaria para a possibilidade de identificarmos paixões verdadeiras que, com certeza, surgirão em nosso caminho.

Há muitas outras situações diferentes, é claro!

Em dezenas de conversas que tive com adolescentes: uns em desespero de desmotivação para com a vida, devido ao uso frequente de drogas; outros em processo de automutilação ou após tentativas de suicídio, sem motivação aparente; outros com sintomas semelhantes a esquizofrenia, embora conscientes disso; em todos eles havia uma desconexão total entre eles e os conteúdos de suas sombras psíquicas.

Todos precisam enfrentar esse desafio iniciando da mesma forma, com o mergulho profundo em seu próprio interior, para identificar, analisar e ressignificar, todos os sentimentos, as emoções e desejos ali contidos

Sem conhecer sua sombra, sem identificar e analisar seus conteúdos e sem ressignificá-los corretamente, não retornaremos ao equilíbrio emocional necessário à construção da nossa felicidade.

E, para terminar nossa conversa de hoje, lembrem sempre:

Todos nós nascemos com todo potencial para sermos felizes, para termos sucesso e para termos excelentes relacionamentos.

Mas tudo isso é limitado quando agimos de acordo com a expectativa dos outros e não com as maravilhosas perspectivas de vida, proporcionadas pela integração da nossa sombra com a nossa psiquê.

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